terça-feira, 29 de setembro de 2009

Inhotim




“O Instituto Inhotim é um complexo museológico original, constituído por uma seqüência não linear de pavilhões em meio a um parque ambiental. Suas ações incluem, além da arte contemporânea e do meio ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação. É um lugar de produção de conhecimento, gerado a partir do acervo artístico e botânico.”

Após a visita ao Inhotim o artista/obra que mais me impressionou foi o Hélio Oiticica com “Cosmococa 5 Hendrix War”



Texto de referência:

“À época em que residiu em Nova York, no início dos anos 1970, Hélio Oiticica trabalhou em parceria com o cineasta Neville D’Almeida na criação de instalações pioneiras chamadas de “quasi-cinemas”. Estas obras transformam projeções de slides em instalações ambientais que submetem o espectador a experiências multisensoriais. Os quasi-cinemas representam o ápice do esforço que Oiticica empreendeu ao longo de sua carreira para trazer o espectador para o centro de sua arte e para criar algo que é tanto um evento ou processo quanto um objeto ou produto — um desafio da tradicionalmente passiva relação entre obra e público. Oiticica e D’Almeida criaram cinco quasicinemas que chamaram Blocos-Experiências em Cosmococa. Essas instalações consistem em projeções de slides com trilhas musicais específicas e usam fotos de cocaína — desenhos feitos sobre livros e capas de discos de Jimi Hendrix, John Cage, Marilyn Monroe e Yoko Ono, entre outros. O uso da cocaína, que Oiticica, discute longa e teoricamente em seus textos, aparece tanto como símbolo de resistência ao imperialismo americano quanto referência à contracultura.”

Por ser uma exposição interativa me chamou a atenção o quanto ela cumpre seu objetivo. É impossível que alguém passe pelo local sem sentir vontade de se deitar nas redes. Fazendo isso, é impossível deixar de reparar nas imagens e sons e iniciar uma espécie de viagem buscando o significado do que vê.

Outras obras de Hélio Oiticica:



Parangolé: Trata-se de tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem elementos como cor, dança, poesia e música e pressupõem uma manifestação cultural coletiva. Posteriormente a noção de Parangolé é ampliada: "Chamarei então Parangolé, de agora em diante, a todos os princípios formulados aqui [...]. Parangolé é a antiarte por excelência; inclusive pretendo estender o sentido de 'apropriação' às coisas do mundo com que deparo nas ruas, terrenos baldios, campos, o mundo ambiente enfim [...]".

O Parangolé é outro trabalho que pressupõe a interatividade das pessoas e que com certeza consegue cumprir seu objetivo por ser atrativo e versátil.


Grande Núcleo, NC3, NC4 e NC6, 1960 - óleo sobre madeira
Centro de Arte Hélio Oiticica - Rio de Janeiro, 1997

Essa obra faz parte das obras de Helio Oiticica que receberam o nome de penetráveis.Os penetráveis acabaram sendo marca indelével na produção de Oiticica: foram 30 montados durante toda a vida, com hiatos que deram origem aos Bólides e Parangolés. O que interessava aos artistas daqueles anos de ditadura militar era propor um modelo de vanguarda brasileira que acabaria sendo importante para a geração que se seguiu.

São obras que só podem ter valor no momento da interatividade do espectador, ou seja, as obras são feitas para se entar, tocar, sentir, vivenciar.

"A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: um sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SketchUp - Sensações do Oi Futuro









Em meu objeto virtual para representar a sensação de visitar o Museu de Telecomunicações Oi Futuro utilizei a esfera para simbolizar um universo inteiro de informações com as quais tive contato lá. Dentro das esfera coloquei formas variadas e coloridas para representar as informações que são passadas de forma simples e chamativa.

A base do objeto é envolta com as imagens projetadas na linha do tempo e em cima possui retângulos transparentes lembrando a acessibilidade da exposição a qualquer pessoa, complementando as esferas incrustadas que simbolizam a interatividade das pessoas com o Museu, porém, nenhuma esfera está totalmente envolta já que, na minha opinião, o Oi Futuro possui uma interatividade limitada e acaba deixando o visitante em dúvida sobre o que é interativo e o que não é e até onde vai essa liberdade.

Na parte posterior do objeto utilizei cubos coloridos dando a idéia de organização do local, que possui uma estrutura impecável além de muita tecnologia e, por isso, envolvendo tudo tem uma espécie de redoma, pois quando entrei no Museu me senti entrando em um mundo diferente isolado do resto da cidade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Oi Futuro - Museu das Telecomunicações




"Espaço da memória, da experimentação e da contemporaneidade, o Museu das Telecomunicações incorpora as mais avançadas tecnologias e tendências museográficas do século XXI para contar a aventura da comunicação humana.
Documentos, objetos históricos e mais de 120 vídeos, produzidos em parceria com cerca de 90 instituições nacionais e internacionais, conduzem o visitante a uma empolgante viagem virtual em um único ambiente."

Ao visitar o "Oi Futuro" me impressionei muito com a estrutura que encontrei lá, um espaço surpreendentemente bem organizado e tecnológico que recebe bem a cada visitante.

Os vídeos anexos a cada parte da exposição (que podemos ouvir através do fone de ouvido indiviual que recebemos na entrada) permite a interação com os espaços.

O Museu também conta a história da humanidade e da telecomunicação e tras o contato com grandes pensadores como Einsten e Buda (em uma sala reservada e com decoração exótica e aconchegante, são exibidos vídeos com pensamentos de quem for escolhido).





Linha do tempo: em uma bancada a sua frente o visitante pode escolher a época para a qual deseja "viajar".







Espaço virtual: nessa mesa de vidro passavam imagens e tocavam músicas quase capazes de hipnotizar, além de contar um pouco sobre a história da internet



A rede: as projeções de imagens surpreendentes chamam a atenção



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Objeto Físico

A instrução para a elaboração do Objeto Físico era: “Criação livre de um objeto que sirva de apresentação de idéias presentes no livro “Lições de Arquitetura”. Espera-se que o objeto seja predominantemente analógico e que explore as 3 dimensões. O objeto, em sua conformação final, deverá lidar com questões conceituais e materiais. ”

Ao ler o livro, a parte que mais me interessou foi a que, com exemplos de projetos (como o edifícios de escritórios Centraal Beheer e a caixa de areia das Moradias Lima), Hertzberger nos faz ver como a possibilidade de interferir em um espaço, ajudar a construí-lo ou recriá-lo, pode influenciar no sentimento das pessoas que usufruem daquele local e assim, esse local passa a ser mais agradável para essa pessoa.

“O caráter de cada área dependerá em grande parte de quem determina o guarnecimento e o ordenamento do espaço, de quem está encarregado, de quem zela e de quem é ou se sente responsável por ele.” Capítulo 4 - Zoneamento Territorial, pág. 22

Em vista desse conceito, tentei fazer um objeto que pudesse ser modificado por cada pessoa que o manuseasse, de forma que cada pessoa que interagisse com ele, depois pudesse sentir que aquele objeto ficou com a sua cara e passou a ser o seu próprio objeto.

Para isso, em uma das faces do meu objeto, utilizei taxinhas coloridas que podem ser remanejadas formando desenhos diferentes.



Em outra face há um panorama da Casa do Baile, ele gira fazendo com que imagens de diferentes pontos do local possam ser exibidas, dependendo da escolha de cada um.




E nas duas últimas faces há uma cavidade onde peças de um Tangram estão pregadas com imãs para que diferentes encaixes possam ser feitos. É possível também pregar as peças nas taxinhas e formar o que quiser.

Exposição BH Humor





Está em exposição na Casa do Baile: o 1° BH HUMOR – Salão Internacional de Humor Gráfico de Belo Horizonte. Um evento que trás o desenho de humor em suas diferentes formas - o Cartum (piada gráfica), a charge (crítica dos acontecimentos) e a caricatura (desenho com traços marcantes do personagem.

Reunindo artistas de diversos países, a exposição possui caricaturas imperdíveis (como a do Pelé, Nando Reis, Maradona, Hitler, Susan Boyle e Michael Jackson) e charges verdadeiramente engraçadas e que nos fazem refletir.

O tema desta primeira edição é: “O lixo”, o que tornou o evento ainda mais interessante por mostrar como esse é um problema mundial e como os artistas podem sim, tentar utilizar o humor para conscientizar e abrir os olhos da população sobre a importância da reciclagem e de um fim adequado para o lixo. Sem nunca, é claro, perder a piada!











domingo, 13 de setembro de 2009

Crítica Aos Panoramas

Cristiano Dayrell:


No seu trabalho ele utilizou fotos da ponte com o ponto de vista deslocado criando um panorama vertical e não horizontal o que gerou um foco maior no corrimão da ponte e no piso português. No Photoshop ele desenhou blocos que ajudaram a dar a impressão de profundidade no corrimão da ponte, já que a primeira vista é difícil perceber que se trata desse local.

Porém, apesar do deslocamento do ponto de vista ser uma estratégia muito interessante que desperta a curiosidade e permite experimentar sensações, ela gera um desconforto, pois sempre temos a tendência a querer ver a imagem como ela é na realidade (vertical), ao fazer as curvas do croqui no céu, essa sensação foi amenizada, mas permaneceu.

Ele trabalhou muito bem as cores, no caso do “corpo” da casa do baile, elas ajudaram a remeter a época e lembraram um salão de festas mesmo. E o local escolhido permitiu mostrar ao mesmo tempo as curvas da marquise, a ponte e a guarita ressaltando a integração entre esses elementos que compõe a entrada.

Guilherme Borges:

Guilherme se posicionou antes da ponte fotografando toda a sua extensão e a casa do baile. O seu ângulo de visão acentuou a ilha em que a casa está situada (em outro ponto ela passaria despercebida pelo visitante) e permitiu mostrar na fachada a transição entre os azulejos e as janelas de vidro.


Ao trabalhar com as texturas já existentes acentuando-as e acrescentar novas texturas e cores, Guilherme criou um ambiente mais “vivo”, que chama a atenção. Outra idéia interessante foi a de alterar o entorno, o que amenizou o contraste existente entre a Casa do Baile e a rua.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

1° Trabalho Prático: Objeto Digital


Como a instrução do trabalho era criar um panorama que apresentasse a experiência da Casa do Baile, procurei ressaltar nas minhas imagens o que mais me chamou atenção durante a visita.

A primeira coisa que me chamou a atenção com certeza foi a ponte que é o acesso para a ilha e se encaixa tão bem com o jardim de Burle Marx, outro espetáculo a parte. A idéia então, foi trocar as cores desses elementos para que eles ficassem mais ressaltados, porém, sem parecerem irreais.

A segunda idéia com a qual eu trabalhei, foi a de chamar a atenção para os azulejos. Achei que eles, por si só, contavam uma boa parte da história da Casa do Baile. Exemplo dessas características que ajudam a contar um pouco dos fatos da época é o fato deles terem sido produzidos em série (ao contrário dos azulejos da Igrejinha, por exemplo) o que remete ao fato do local ter sido concebido para ter menos luxo e abrigar uma classe mais baixa da população. O único projeto do conjunto arquitetônico da Lagoa da Pampulha que visava esse fim.